quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

DA SAÍDA SOZINHO

Pensa em um frio. Pensou??? É pouco!
Acordei cedo hoje, tinha que ir até a escola sozinho, confesso que rolou um medo, mas vamos que vamos. Coloquei o nariz para fora e aquela garoazinha misturada com com o vento cortante me recepcionou e decidiram que seriam meus companheiros o dia todo, hehehehe...
Estava um pouco preocupado, pois as ruas em Dublin são muito parecidas, mas eu fui. Segui pela direita, desci a esquerda, percebi que tinha me adiantado, voltei para trás, retomei o caminho e cheguei lá, a escola. Eeeehhhh!!! - Eis que o rapaz da escola me diz: - Você vai ter que ir na rua XYZ para tirar o PPS, uma espécie de CPF.
Não queria ligar para ninguém, podia fazer sozinho, eis que fui e sim, a garoa e vento frio estavam comigo, sem falar nas músicas nos meus ouvidos, sim estava com fones nos ouvidos e isso me animava muito, queria descobrir o lugar, queria ser 'independente', ir e vir.
Enfim, terminei tudo, estou em casa e me senti feliz por não me perder... Isso realmente é uma loucura... é como se eu estivesse aprendendo a andar novamente... passo a passo e descobrindo novas esquinas e ruas e rostos.
Não sei amanhã, mas hoje estou feliz porque estou aprendendo a 'andar sozinho'.

Tchau, a gente se fala!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

DA CHEGADA

O engraçado é que eu vi um monte de rostos no aeroporto, uma correria tremenda por causa do excesso de peso na mala, e por causa disso eu só consegui ficar poucos momentos com aqueles rostos que pertenciam às pessoas que realmente me importava.
De certo modo agradeço por ter sido uma despedida rápida, pois se não o fosse, certamente eu não iria. Amo todos aqueles de modo especial. Um beijo e um abraço rápido em cada um e um 'eu te amo' para minha mãe com os olhos marejados. Não conseguia ficar aqui, preferi ir embora, na verdade não tinha muita opção, era a ultima chamada.
Fui o ultimo a entrar no avião, uma viagem de 12 horas muito cansativa, não tinha conseguido dormir um segundo se quer, vi a noite indo embora e dia se aproximando me mostrando um mundo novo, tal mundo eu havia sonhado há tempos e estava preste a encontrar.
Cheguei em Amsterdam, engraçado, me senti dentro de um cenário de filme, a cidade mistura algo de novo e velho ao mesmo tempo, o aeroporto imenso e vazio, e logo em seguida a notícia que o meu voo para Dublin já havia partido, teria que esperar até o próximo, mas naquele momento notei que haviam outros brasileiros em busca de um sonho, talvez, do mesmo sonho que o meu. Eles estavam ali por algum motivo que os motivaram a deixar seus lares.
Cheguei em Dublin, frio e uma cidade muito bem arrumada, aquilo sim parecia uma cenário de filme, me senti dentro daqueles filmes ingleses... é tudo muito irreal, sem falar do maldito do sotaque. Gente... doidera pura.
Fui fazer umas correrias hoje, ver alguns documentos e tudo mais. Isso é bom, porque pelo menos não me lembro da saudade. Prometo escrever melhor da próxima vez, tenho mais detalhes, mas logo mais escreverei.

Até lá, tchau!